terça-feira, janeiro 20, 2015

O Papa Francisco, a Família, os filhos e a paternidade responsável




Anda para aí um sururu a propósito de declarações ontem do Papa Francisco. Há pouco e a um jornalista expliquei que tenho por princípio que não comento declarações do Papa ou de Bispos e Padres. Não é por mau feitio, mas porque declarações de Papa, Bispos e Padres, não são para eu comentar. São para as escutar e procurar perceber qual o desafio que colocam para a minha vida e para a minha conversão. Tenho-me dado bem com este sistema e isso reforça a minha Fé naquilo que a palavra quer dizer: o reconhecimento de uma Presença boa para mim e para a minha vida. Na minha circunstância essa Presença revela-se viva na Igreja Católica à qual pertenço, conduzida pelo Papa e pelos Bispos, abençoada com tantos santos e bons sacerdotes e comunidades de fiéis. Acresce que da minha experiência o que a Igreja recomenda é para mim origem de uma vida mais completa e feliz, onde tudo sabe melhor, apesar dos meus pecados e limites: a mulher, os filhos, a família, o trabalho, os amigos, etc.

Dito isto e porque, não desfazendo (como se diz nos filmes portugueses antigos...;-), a ignorância da comunicação social sobre o que a Igreja diz é muita, não fica desadequado recordar a Carta dos Direitos da Família (do tempo de João Paulo II) e em especial esta parte:

ARTIGO 3

Os esposos têm o direito inalienável de constituir uma família e de determinar o intervalo entre os nascimentos e o número de filhos que desejam, levando em consideração os deveres para consigo mesmos, para com os filhos que já têm, para com a família e a sociedade, numa justa hierarquia de valores e de acordo com a ordem moral objectiva que exclui o recurso à contracepção, à esterilização e ao aborto.

a) As actividades dos poderes públicos ou das organizações privadas, que tratam de limitar de algum modo a liberdade dos esposos nas suas decisões relativas aos filhos, constituem uma grave ofensa à dignidade humana e à justiça;

b) Nas relações internacionais, a ajuda económica concedida para o desenvolvimento dos povos não deve ser condicionada pela aceitação de programas de contracepção, esterilização ou aborto;

c) A família tem direito à ajuda da sociedade no que se refere ao nascimento ou à educação dos filhos. Os casais que têm uma família numerosa têm direito a uma ajuda adequada e não devem sofrer discriminações.  





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