quinta-feira, maio 31, 2012

Relvas e Silva Carvalho: ninguém está incomodado?

Provavelmente tenho uma hipersensibilidade às violações da privacidade e ao respeito pela intimidade das comunicações, mas espanta-me que no caso em referência ainda não tenha lido uma linha a denunciar a incrível divulgação das comunicações pessoais, vida profissional e política, dos visados neste caso das secretas, assunto que ontem com muita coragem foi proposto pelo primeiro-ministro que fosse o tema da sua ida quinzenal ao parlamento.

Porque há que distinguir: uma coisa é a investigação (que deve ser exaustiva, conduzida pelas autoridades competentes) do comportamento de Silva Carvalho e do seu grupo de amigos nas vertentes das suas responsabilidades nas secretas e do uso inacreditável que poderá ter uma empresa privada feito dos serviços de informações (creio mesmo que em se confirmando se trata de crime) e outra é andar-se a investigar e divulgar publicamente as relações sociais, profissionais e políticas de quem aparece neste caso, lançando um manto de suspeitas sobre factos que não importam senão a quem os pratica (se houve reuniões profissionais, se houve sugestões políticas, que encontros tiveram, etc.). Estou sinceramente farto de que "X foi tomar café com Y e tem uma actividade comercial conjunta no país Z" pareça de repente o mais condenável dos actos, só porque X ou Y são pessoas públicas.

Que a investigação policial se dedique a espiolhar os pertences tecnológicoa de Silva Carvalho e outros implicados no caso Ongoing, percebo. Faça-o até para proteger os serviços de forma reservada e com todas as cautelas acrescidas que a segurança nacional exige. Mas que esse mesmo material apareça todos os dias na comunicação social, parece-me ser doentio, e nestas coisas não se pode brincar. Como dizia Brecht (e resumindo) "quando foram buscar os outros, não me incomodei. Hoje vieram buscar-me a mim e não me resta ninguém para me defender..." Isto é, pode ser que haja quem (por interesses políticos e/ou comerciais) esteja alegre com a queda dos seus adversários, mas vencer assim gera mais perigo do que frutos.

Duas notas: estou completamente livre em relação a isto (veja-se o que sobre maçonaria sempre fui escrevendo neste blog) e aos protagonistas destes casos, o que mais à vontade me põe para escrever o dito acima. Que cada um dê uma olhadela na sua caixa de sms's e procure lê-los como um estranho aos assuntos pessoais respectivos (isto é como podem ser entendidos por um terceiro) e pense também como se sentiria com esses mesmos publicados nas primeiras páginas dos jornais...




quarta-feira, maio 30, 2012

Espanha: somos católicos e podemos ter muito orgulho nisso

Numa agradável coincidência com o meu post de ontem, recebi de uma amiga, este email que presentemente circula em Espanha. Só mesmo o Zapatero é que não o percebeu...mas desse felizmente já não é preciso ocupar-nos.

INDEPENDIENTEMENTE DE QUE SE SEA CATÓLICO Ó NO, LA LABOR DE LA IGLESIA ES ENCOMIABLE. A CONTINUACIÓN ALGUNOS EJEMPLOS.     HAZ QUE SE SEPA
: A ALGUNOS NO LES INTERESA QUE SE SEPA ...Que la Iglesia española tiene ...

 · 5.141 centros de enseñanza; 990.774 alumnos. (Ahorran al Estado 3 millones de euros por centro al año). · 107 hospitales. (Ahorran al Estado 50 millones de euros por hospital al año). · 1.004 centros diversos, entre ambulatorios, dispensarios, asilos, centros de minusválidos, de transeúntes y de enfermos terminales de SIDA; un total de 51.312 camas. (Ahorran al Estado 4 millones de euros por centro al año). · Gasto de Cáritas  al año: 155 millones de euros (salidos del bolsillo de los cristianos españoles). · Gasto de Manos Unidas contra el Hambre: 43 millones de euros (del mismo bolsillo). · Gasto de las Obras Misionales  (Domund). Ayuda al Tercer Mundo: 21 millones de euros. (¿Imaginan de dónde sale?). · 365 Centros de reeducación para marginados sociales: ex-prostitutas, ex-presidiarios y ex-toxicómanos; 53.140 personas. (Ahorran al Estado, medio millón de euros por centro). · 937 orfanatos; 10.835 niños abandonados. (Ahorran al Estado 100.000 euros por centro). · El 80 % del gasto de conservación y mantenimiento del Patrimonio histórico-artístico. (Se ha calculado un ahorro aproximado al Estado de entre 32.000 y 36.000 millones de euros al año). A todo esto tenemos que sumar que casi la totalidad de personas que trabajan o colaboran con Manos Unidas, Cáritas, etc. son voluntarios 'sin sueldo' (aunque a algunos les extrañe es cierto, hay personas que trabajan por los demás sin pedir a cambio un salario), realizando su labor para ayudar a los demás sin pedir nada a cambio. ¿En cuánto podríamos cuantificar su trabajo? Esta es la razón por la cual el Estado sigue dando algunas ayudas a la Iglesia Católica , porque le sale muy, pero que muy barato. Lo asombroso es que nadie (o muy pocos) saben de este ahorro esencial para que la economí­a española 'vaya mejor ...' Como contrapartida ... hablando de otras instituciones socio-políticas ... ¿Cuántos comedores para indigentes ha abierto CC.OO.? ¿Cuántos hospitales para enfermos terminales y de SIDA mantiene abiertos UGT?  ¿A dónde puede ir un necesitado a pedir un bocadillo?,  ¿a la sede del PP? o ¿a la del PSOE? o ¿a la de IU? ... Pues todos estos viven de nuestros presupuestos...  Reenviemos este artículo para que llegue a quienes critican injustamente a la Iglesia por cualquier motivo.  ¿Por qué nos vamos a avergonzar de nuestra Iglesia?   Nos sentimos orgullosos de ser católicos.
 ¿POR QUÉ SE OCULTA TODO ESTO EN LA PRENSA, RADIO Y TELEVISIÓN?

terça-feira, maio 29, 2012

Nós (som)os católicos

Há coisas pequenas que às vezes mudam a vida. Na minha, algumas são frases, outras imagens ou ainda pessoas (ou momentos destas). Uma dessas coisas foi para mim ler um episódio da vida de D. Luigi Giussani, em que este contava que se dera pela primeira vez conta de que da sua presença no liceu onde dava aulas de religião e moral (o Liceu Berchet em Milão) originara um povo (pessoas que o seguiam e que mais tarde numa realidade que se chamaria primeiro Gioventu Studantesca e depois Comunhão e Libertação) fora quando, numa RGA (Região Geral de Alunos para aqueles que lêem isto e no 25 de Abril ainda não tinham nascido...;-) da escola, havia um que se levantou e começou o seu discurso dizendo: "Nós, os católicos"...

Este pequeno episódio foi decisivo para mim (ler que tinha acontecido) e desde então é isto que procuro na política: ajudar a construir uma presença católica. Por isso foi um gosto ler este artigo do Paulo Rocha (director da Agência Ecclesia) que embora de âmbito mais vasto também reflecte o mesmo tipo de atitude, posicionamento e, porque não dizê-lo, "orgulho" (ou como dizia Giussani "galhardia"). Leiam-no pois, vendo no fim o vídeo a que ele se refere:

Nós somos católicos

Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!

A mobilização virtual em torno de um slogan foi imediata: um vídeo espalhado pelas redes sociais, partilhado repetidamente e recomendado entre amigos fez de uma certeza – “Nós somos católicos” – uma sintonia global entre os que concretizam a experiência do cristianismo numa família, a da Igreja Católica.

A afirmação é traduzida por muitas imagens, pela poesia, pela evocação do empreendedorismo de pessoas e organizações, a inovação humanizante em cada época na saúde, na educação, na assistência. Tudo à escala global e a cada passo comprovada pelas referências constantes, em ruas e cidades, a figuras maiores desta família.

Em dois minutos, o filme percorre mais de 2000 mil anos de História, evoca grandes feitos e criações e provoca convergências espontâneas entre povos de qualquer canto do mundo para uma certeza: todos estamos unidos a uma Pessoa, Jesus Cristo.

Diante de qualquer caos, é essa convicção que permite a permanência: a da Igreja e a de muitos nessa família. Existe entre todos um denominador comum que permite somar ou subtrair, acrescentar ou tirar, mas nunca dividir.

A memória deste vídeo, que qualquer motor de pesquisa traz ao ecrã, acontece no contexto de iniciativas que, em todos os tempos e com particular incidência nestes dias, ocorre no nosso “jardim à beira mar plantado” e que reclamam, dos que pertencem a esta grande família, a afirmação clara e convicta de que “Nós somos católicos”.

Abundam as oportunidades para o fazer, nas dioceses que se reorganizam ou nos projetos que inovam. Basta seguir as propostas que fazem convergir núcleos desta família para um “Dia da Diocese”, “Dia da Juventude”, “Dia da Família”, “Dia das Comunicações Sociais”… Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!

Não menor é o desafio que recai sobre os promotores de qualquer convocatória. Num contexto social cruzado de eventos e convites é urgente a reformulação de propostas e a qualificação de todos os projetos, mesmo os que acontecem em família.

Só dessa forma será possível dizer não apenas “Nós somos católicos”, mas acrescentar com confiança e a todas as pessoas “Bem-vindo à tua casa!”

Paulo Rocha

Editorial - Agência Ecclesia  - 2012-05-29  - 11:19:16  - 2228 Caracteres
© 2009 Agência Ecclesia. Todos os direitos reservados - agencia@ecclesia.pt

O filme é este:



segunda-feira, maio 28, 2012

O Papa e o Mordomo: os riscos que Deus, por amor, corre...!




Percebendo-se que o facto de que a Igreja é Santa não implica a santidade de quem a serve, não deixa de espantar e entristecer as histórias que se vão conhecendo sobre o que se passa ou passou na Santa Sé...embora não se possa também deixar de assinalar que poucas instituições seriam capaz de em tão pouco tempo desmontar uma teia conspiratória como o Vaticano...;-)

A moral da história é a acima e também a constatação comovida e espantada de como Deus é grande e tão louco de amor pelos homens que se arriscou a pôr-se na mão de pobres humanidades como as nossas...!

Ajuda a perceber o que acima se diz ler estes dois artigos que hoje saíram no Blog do Padre Nuno Serras Pereira: um de Juan Manuel Prada e outro uma conversa com Vittorio Messori. Depois disso, apenas uma coisa a fazer: rezar pelo Papa.

Aborto: the times they are changing...

Claramente em Portugal as revelações do que se está a passar com o aborto legal (e refiro-me apenas aos relatórios da Direcção Geral de Saúde) estão a provocar uma mudança no olhar público sobre esta triste realidade. Multiplicam-se os artigos de opinião de pessoas favoráveis ao aborto legal que se escandalizam com o privilégio deste acto (que não é médico) no Serviço Nacional de Saúde a incrível subsidiação pública do mesmo. Por todos veja-se este. Chama-se "Desculpem-me, mas sou contra e não quero pagar" de Sérgio Soares.

Mas não é só em Portugal que as coisas estão a mudar. Também nos Estados Unidos os tempos estão a mudar...

Disso dá conta o Público do último Sábado com uma local intitulada "Oposição nos EUA em máximos históricos". Na noticia é referido que nas sondagens da Gallup cada vez diminui mais a percentagem de americanos favoráveis ao aborto e aumenta (ultrapassa os 50%) aqueles que o consideram "moralmente errado"...

The times they are changing...!

sexta-feira, maio 25, 2012

Bébés que sobrevivem ao aborto: uma história comovente

A história abaixo se por um lado é absurda por outro suscita a exclamação: Ah Bébé valente! Um sobrevivente...!

O que recorda esta história e este vídeo maravilhoso:

Do Aborto e da loucura a que isto chega...!

A notícia chegou-me agora no Infovitae, boletim electrónico diário, editado pelo Padre Nuno Serras Pereira:

"(O absurdo de um mundo às avessas) Médico que falha aborto é condenado a ajudar no sustento da criança até chegar aos 25 anos


In http://www.ionline.pt/mundo/medico-falha-aborto-condenado-ajudar-no-sustento-da-crianca-chegar-aos-25-anos

Tudo começou, em Abril de 2010, quando uma mulher decidiu fazer um aborto numa clínica de Palma de Mallorca.Tudo indicava que a cirurgia tinha corrido bem. Inclusive, durante um exame ginecológico, feito duas semanas mais tarde, o médico assegurou-lhe que já não estava grávida.

Este facto foi desmentido três semanas mais tarde, quando a mulher voltou à mesma clínica por achar que estava de esperanças outra vez. Por surpresa, a jovem de 22 anos não só soube que estava à espera de bebé, como descobriu que se tratava do mesmo bebé que pensava ter tirado.

Entretanto, já se tinham passado 22 semanas e já não podia interromper a gravidez, uma vez que a lei espanhola só permite o aborto até à sétima semana de gestação. Resultado: o bebé acabou mesmo por nascer e tem, neste momento, pouco mais de ano e meio.

A mãe processou o médico e, numa sentença inédita, o tribunal de Palma de Mallorca condenou-o, assim como ao hospital e às seguradoras envolvidas, a indemnizar a jovem em 150 mil euros, por danos morais, e ainda a cuidar financeiramente da criança até que cumpra 25 anos de idade.

Com tudo isto, a mulher vai receber uma mensalidade de 978 euros para ter meios de cuidar do filho, durante um quarto de século."

Claro que não se resiste a pensar que pena não aconteça isto com a Clínica dos Arcos...lol!

quarta-feira, maio 23, 2012

Aborto: revisão da regulamentação e Maria José Nogueira Pinto




Com aquela tipica superficialidade, derivada do desconhecimento das suas raízes e razões, que caracteriza o centro-direita hoje em dia, a discussão destes dias em volta da Lei do Aborto, da sua regulamentação, do seu financiamento público, arrisca-se a conduzir a lado nenhum e a uma situação ainda mais confusa do que aquela em que está.
Por todos os exemplos basta este aqui, retirado do i online.
Torna-se por isso indispensável recordar estas palavras lúcidas de Maria José Nogueira Pinto que já há quase dois anos parecia adivinhar o que se pode passar agora. Colo apenas a conclusão:

"De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Ética é preciso coragem para rever aspectos negativos da actual lei. Que coragem e para quê? Para pôr de lado hipocrisias e oportunismos políticos e corrigir uma lei profundamente atingida por equívocos? Ou bastará a pequena coragem do remendo legislativo que dissolva a incomodidade das evidências e devolva a todos uma benévola sonolência?"
Que falta nos faz...!

terça-feira, maio 22, 2012

Aborto: de uma lei desgraçada à desgraça da aplicação




O efeito conjugado da Petição promovida pela Federação Portuguesa pela Vida e entregue em Fevereiro do ano passado na Assembleia da República, da revelação dos resultados da aplicação da lei do aborto pela Direcção Geral de Saúde, e da tomada de iniciativa pelo CDS-PP, provocaram a vinda à tona de um debate que existe de facto na sociedade portuguesa e provar que o aborto não é de forma alguma um caso encerrado.

Disso é uma manifestação entre outras o Fórum TSF de hoje sobre o aborto e taxas moderadoras (uma forma limitada de olhar para o problema já que neste momento e pelo menos o que tem de estar em causa é a inteira regulamentação da lei) e também o inegável pânico das intervenções dos movimentos do Sim.

Uma coisa é certa: mais passa o tempo, mais fica infelizmente demonstrada a razão que assistia ao Não no último referendo e que, mais tarde ou mais cedo, será nesse campo que a discussão se colocará. Assim o percebam os estados-maiores do centro-direita (em especial as actuais direcções parlamentares), porque o núcleo duro do seu eleitorado, há muito o tem claro, como se viu no Sábado passado na Caminhada pela Vida.

segunda-feira, maio 21, 2012

Caminhada pela Vida: que grande jornada!




Foi uma grande jornada, esta! Decorreu este Sábado, 19 de Maio, entre as 15h00 e as 18h30. Como se pode ver aqui (vídeos e fotografias).
Um passo mais neste caminho de afirmação da Vida e da Família e de um Povo com relevância social e política. A partir de agora e cada vez com maior dimensão todos os anos pelo menos nesta ocasião desceremos à rua (o que já poucas forças fazem, mas algumas com menos expressividade do que nós, gozando daquela tipica cumplicidade dos patrões da Comunicação Social, com muito maior projecção mediática do que nós...).
Na ocasião coube-me proferir este discurso de conclusão:

QUERIDOS AMIGOS: FOI LONGA E ENTUSIASMANTE ESTA CAMINHADA! COMO É LONGA E ENTUSIASMANTE A HISTÓRIA COMUM QUE AQUI NOS TROUXE! COMO É LONGA E ENTUSIASMANTE A ESTRADA QUE TEMOS POR DIANTE!


FAZENDO ESTE CAMINHO DA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA PARA CÁ, PERCORRENDO AS SETE ETAPES DA VIDA DE TODOS, FOI POSSIVEL VER A BELEZA E VERDADE DO QUE NOS DIZEMOS: QUE A VIDA VALE A PENA. NÃO COMO UMA TEORIA MAS PARTINDO DA EXPERIÊNCIA QUE FAZEMOS NA NOSSA VIDA, NAS NOSSAS FAMÍLIAS, NAS NOSSAS COMUNIDADES, NAS REALIDADES SOCIAIS EM QUE ESTAMOS ENVOLVIDOS, NO PAÍS EM QUE VIVEMOS. UMA EXPERIÊNCIA DE BEM, DE ENTREAJUDA, DE GENEROSIDADE, DE COMPANHIA AO SOFRIMENTO DO OUTRO, DE SOCORRO EFECTIVO DA NECESSIDADE DE MUITOS, DE EMPENHO DENODADO E DESASSOMBRADO NA CONSTRUÇÃO DO BEM COMUM, DEFENDENDO O FUTURO DE TODOS.

AQUILO QUE PROCURÁMOS COM AS INTERVENÇÕES QUE AGORA OUVIMOS E COM TUDO O QUE VIVEMOS AO LONGO DESTA CAMINHADA, NA PARTICIPAÇÃO COMOVENTE DE CADA UM, LENDO OS DISTICOS E AS FAIXAS, CANTANDO E AGITANDO BANDEIRAS, OLHANDO O ROSTO DE CADA PESSOA, VENDO AQUILO A QUE A SUA CONSTRUTIVIDADE DEU LUGAR, FOI SUBLINHAR ESTE PONTO: AQUILO POR QUE NOS TEMOS BATIDO AO LONGO DESTES ANOS, UMA CULTURA DE VIDA, PARTE DESTE TESTEMUNHO QUE TEMOS TODOS OS DIAS DIANTE DE NÓS:

- O TESTEMUNHO DE QUE A FAMÍLIA, BASEADA NO CASAMENTO DO HOMEM COM A MULHER, É O LUGAR MAIS ADEQUADO À CRIAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES E AO DESENVOLVIMENTO HARMONIOSO DE UMA COMUNIDADE

- O TESTEMUNHO DE QUE É UMA EXIGÊNCIA RAZOÁVEL E UMA RIQUEZA PARA TODA A SOCIEDADE A VIDA SER PROTEGIDA DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ À MORTE NATURAL, QUE ONDE PARECE NÃO HAVER ESPERANÇA BASTA APENAS ACEITAR A MÃO DE QUEM NOS QUER AMPARAR, QUE OS RECURSOS PÚBLICOS NÃO SE PODEM DESPERDIÇAR, QUE SÃO PRECISAS NO MUNDO MAIS PESSOAS E QUE TODAS SÃO BEM-VINDAS

- O TESTEMUNHO DE QUE SÃO OS PAIS AS PESSOAS MAIS APTAS A DECIDIR DA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS E QUE ESSA LIBERDADE NÃO LHES PODE SER NEGADA NEM A DE VIVEREM E EXPRESSAREM AS SUAS CRENÇAS NO ESPAÇO PÚBLICO

- O TESTEMUNHO DE QUE EXISTEM NA SOCIEDADE PORTUGUESA MUITAS ENERGIAS PARA ESTA TENTATIVA DE OCORRER ÀS NECESSIDADES DE MUITOS, QUE QUEREMOS E SOMOS CAPAZES DE OLHAR UNS PELOS OUTROS, E AOS PODERES PÚBLICOS SÓ PEDIMOS QUE NÃO SE NOS SUBSTITUA NEM NOS COLOQUE MAIS OBSTÁCULOS NO CAMINHO DO QUE AQUELES QUE A VIDA JÁ NATURALMENTE OFERECE

É POR CAUSA DESTE TESTEMUNHO, DESTA MENTALIDADE NOVA QUE O NOSSO PAÍS TANTO NECESSITA, QUE NAS ACTUAIS CIRCUNSTÂNCIAS DE PORTUGAL A NOSSA RESPOSTA NÃO É NEM UM LAMENTO, NEM UMA RECRIMINAÇÃO, NEM UMA RESIGNAÇÃO. MAS ANTES UM COMPROMISSO: O DE NÃO BAIXARMOS OS BRAÇOS, O DE CONTINUARMOS A VIVER ESTA POSITIVIDADE DE QUE É FEITO O NOSSO DIA-A-DIA, COMOVIDOS E ESPANTADOS COM ESTA REALIDADE DA CULTURA DA VIDA EM RAZÃO DA QUAL NOS PUSEMOS JUNTOS NESTA CAMINHADA.

ASSIM ANIMADOS FAREMOS AINDA MAIS COISAS JUNTOS: NAS NOSSAS VIDAS, NAS NOSSAS FAMÍLIAS, NAS NOSSAS C OMUNIDADES, NA PROCURA INCANSÁVEL DAS MELHORES FORMAS DE SERVIR O BEM COMUM EM TODOS OS CAMPOS DA VIDA: NA POLITICA E NA ECONOMIA, NA ACÇÃO SOCIAL E NA CULTURA, COM UMA PROPOSTA CLARA MAS TAMBÉM PARTINDO NÃO DO QUE NOS SEPARA, MAS DO QUE TEMOS EM COMUM.

PARA NOS RECORDARMOS ESTE COMPROMISSO E A PARTIR DE AGORA ENCONTRAR-NOS-EMOS AQUI TODOS OS ANOS NO MÊS DE MAIO SENSIVELMENTE POR ESTA ALTURA. ATÉ LÁ CONTINUAREMOS ESTE NOSSA CAMINHADA PELA VIDA: TODOS OS DIAS. HÁ NELA UM LUGAR PARA CADA UM DE NÓS E PARA TODOS AQUELES COM QUE NOS CRUZAMOS.

OBRIGADO A TODOS POR TEREM VINDO!

OBRIGADO A QUEM NOS ORGANIZOU ESTA CAMINHADA!

VIVA A VIDA! VIVA PORTUGAL!

quinta-feira, maio 17, 2012

Lobbie gay: a fobia da diferença

Anunciam hoje os media que o lobbie gay decidiu criar um prémio limão e palmatoadas (a segunda parte do nome diz tudo sobre a tolerância que preside à iniciativa...) atribuído, segundo eles, a "quais as personalidades que mais se distinguiram pela negativa nestes últimos anos, até a 2012, na perseguição ideológica contra os lgbt, pela intolerância contra a Diversidade, e pela sua homofobia, contra a Cidadania." (os negritos são meus)
E quem são os premiados?
Um deputado regional do PP nos Açores, Pedro Medina, que se opôs ao patrocínio pelo governo regional de um evento LGBT, a minha amiga e companheira de movimentações civicas, Isilda Pegado, por ter promovido a Petição Defender o Futuro, José António Saraiva, director do Sol por um artigo recente em que defende que a adopção da homossexualidade é a última das possibilidades de contestação social, e José Marques Teixeira, um psiquiatra, que considerou num artigo de jornal que pode ser possível dar resposta a um homossexual que pede ajuda médica para mudar de orientação sexual.
Enfim, claramente, quatro pessoas que por tão horrível homofobia o mínimo que merecem, de facto, é cadeia e eventualmente alguma tortura até que abjurem de tão horrendos factos...
Melhor exemplo de perseguição ideológica e intolerância contra a diversidade não conheço...

quarta-feira, maio 16, 2012

A Crise: Exemplos de Mudança




Sobre a Crise em que estamos (ou vivemos) o movimento Comunhão e Libertação fez o Juízo de que já dei nota neste Blog. Chama-se "A Crise Desafio a uma Mudança". A realidade, felizmente, tem vindo a demonstrar que assim é de facto. Aqui dou conta de dois factos que o comprovam:

Ontem foi o Dia Internacional da Família (muito bem assinalada pela Associação das Famílias Numerosas que foi recebida pelo Primeiro-Ministro). Foi impressionante ouvir o que na comunicação social se disse a esse propósito (do Dia da Família) e a unânime valorização da instituição familiar (a de origem, da ordem natural, não a do experimentalismo social) como um recurso indispensável á vida de cada um e um suporte em tempos de dificuldade.

O Público de hoje dá nota que "Cidadãos plantam mini-relvado contra lugar de estacionamento". Isto é, em vez de indignação (tão em moda) ou conformismo, um grupo de cidadãos leva a sério a própria humanidade e o problema que tem pela frente (e que lhes interessa) e plantam um relvado em lugar do que antes estava ali. A Subsidiariedade é de facto a grande resposta á Crise!

terça-feira, maio 15, 2012

“Casamento” entre homossexuais banido em mais de 30 Estados americanos




Inserido em 09-05-2012 12:59 na Rádio Renascença

Igreja Católica saúda decisão dos eleitores da Carolina do Norte, o mais recente Estado a consagrar o casamento tradicional na sua Constituição.

A Carolina do Norte tornou-se o 31º Estado americano a aprovar uma emenda constitucional que define o casamento como sendo apenas entre um homem e uma mulher.

A afluência às urnas foi elevada e a emenda acabou por ser aprovada com uma margem confortável.

O debate sobre o chamado casamento entre homossexuais continua em alta nos Estados Unidos, com os diversos Estados divididos sobre o assunto.

Apenas seis Estados, a que se junta a cidade de Washington, reconhecem o “casamento” entre dois homens ou entre duas mulheres, contra 31 que já o baniram através de emendas constitucionais ou legislativas. Ao nível federal, também só se reconhece o casamento como sendo entre um homem e uma mulher, embora a Administração de Obama tenha abdicado de defender esta posição em casos judiciais.

O assunto está ainda diante dos tribunais de vários Estados. A Califórnia, por exemplo, aprovou o “casamento homossexual" por via judicial em 2008, mas um referendo acabou por reverter essa decisão, no mesmo ano. A questão não está, porém, resolvida e os argumentos serão decididos em tribunal.

As sondagens revelam que os defensores do “casamento homossexual” estão a ganhar terreno, sobretudo entre as gerações mais novas, mas até agora em todos os Estados em que a questão foi posta a voto popular, a vitória coube sempre aos defensores do casamento entre um homem e uma mulher.

A decisão de ontem na Carolina do Norte foi saudada pela Igreja Católica local, que participou na campanha. Os bispos americanos têm feito da defesa do casamento tradicional um cavalo de batalha nos últimos anos.

Jorge Silva Carvalho e Miguel Relvas

Tentei acompanhar a audição desta manhã online, mas sem sucesso...é verdade que tudo o que se está a passar com as secretas é uma confusão e o uso pessoal e indevido dos serviços inimaginável, mas que se chateie por isso Miguel Relvas (por ter recebido um email de Silva Carvalho com uma proposta de reorganização dos serviços) não faz qualquer sentido...
Na verdade:
1. Ninguém é responsável pelos emails que recebe (dependem da vontade do emissor e não do receptor)
2. É natural que alguém que tivesse a pretensão de regressar aos serviços e sobre estes tivesse um projecto (licito ou ilícito) o tentasse levar por diante (já só existindo responsabilidade de quem o ajudasse se o fizesse de má-fé ou prejudicando o respectivo funcionamento)
3. Coisas como estas (ser solicitado em determinado sentido para isto ou aquilo, sugestionado para esta ou aquela politica) fazem parte do dia-a-dia de um politico e também a esmagadora maioria das vezes não merecem daqueles a menor das atenções...
Ou seja, e uma vez mais, "much ado about nothing"...!

segunda-feira, maio 14, 2012

Há 30 anos: João Paulo II na Universidade Católica




Faz hoje 30 anos que o Papa João Paulo II esteve na Universidade Católica em Lisboa. À sua chegada foi recebido pelo grupo de peregrinos que entre 8 e 12 Maio tinham ido a pé a Fátima e aí no Santuário estado com ele, no meio da multidão.
Lembro-me com precisão da data e do momento porque coincide essa peregrinação com o meu encontro com o cristianismo, presente na história dos homens na sua Santa (e não Sagrada, como este Sábado ouvi numa belissima homília) Igreja, ou seja com o que de mais decisivo aconteceu na minha vida, fonte de uma segurança, alegria e gratidão, sem medida!
Que isso tenha acontecido no encontro com o Beato João Paulo II faz com que este seja um motivo mais da minha gratidão.

domingo, maio 13, 2012

Serviços Secretos, Ongoing e Silva Carvalho: much ado about nothing...

Much ado about nothing quer dizer, salvo melhor correcção que me seja feita, "tanta coisa para nada". É também o título de um filme delicioso com uma Emma Thompson luminosa, um enredo cativante, uma festa de juventude e Primavera, e aquela poesia ritmada, melodiosa e envolvente, das grandes peças de teatro inglesas. Um festim de cinema! Tudo o contrário da história em referência...

Na verdade é impressionante como se misturam na história de Silva Carvalho dramas pessoais (a humanidade e ambições dele), confirmação de suspeitas (o domínio da Maçonaria sobre tantos niveis importantes de poder), fait-divers (o reenvio do clipping, uma informação acessível a qualquer pessoa que a tal dedique tempo, a uma lista de pessoas influentes), coisas [espionagem a jornalista, interacção com meios empresariais na vertente de uso reciproco de meios na recolha de informações] que se está mesmo a ver e que fazem parte intrinseca da actividade de recolha de informações (a esse propósito vale muito a pena ler o artigo que hoje publica Carlos Garcia no "Correio da Manhã"), uso indevido e impune de recursos de informações para proveito próprio com uma violação de segurança do sistema que brada aos Ceús (!) e por fim a dramática constatação de que o SIRP (Sistema de Informações da República Portuguesa) apesar do trabalho empenhado e profissional de uns, está dramaticamente frágil o que a mim como cidadão  me deixa apreensivo e inseguro...

sexta-feira, maio 11, 2012

FCP e Benfica: declarações de Pinto da Costa



Estas declarações de Pinto da Costa (geniais como sempre) respondem definitivamente à tentativa do Benfica de vingar o campeonato fora do lugar onde este se decide: no campo de jogo!

Jovens grávidas e contracepção: mais do mesmo

Noticia hoje o Sol que "64% das jovens grávidas utilizava contracepção". A primeira nota é a espantosa associação (como inevitabilidade) entre contracepção e não ter filhos. Como se, com percentagens variáveis, todos os métodos contraceptivos não tivessem falhas (desde a menor proporção no Planeamento Familiar Natural, vide o site da OMS, à maior como a do preservativo, vide os respectivos folhetos da insuspeita Foods and Drug Administration dos Estados Unidos)...! Mas depois e principalmente o espanto de que isso aconteça ignorando um grande estudo sobre a sexualidade juvenil do também insuspeito Professor Henrique de Barros em que este concluía: "eles sabem tudo, não agem é em consequência", isto é falta é responsabilidade...
E assim, de erro em erro, se chega à brilhante conclusão (não é por acaso que um dos promotores do estudo é a nossa conhecida APF...): é preciso mais educação (sexual, pois então). Ou seja é preciso mais do que já está visto não funciona...ou então mais aborto subsidiado, promovido e divulgado...
Enfim, um filme já visto e revisto...

quinta-feira, maio 10, 2012

Testamento Vital

Lê-se hoje na imprensa (jornal i) que depois de recebido o parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados se encaminha para o seu termo a discussão na especialidade e na Comissão Parlamentar de Saúde dos projectos de lei relativos às Directivas Antecipadas de Vontade ou Testamento Vital.
Quando se começou a falar desta matéria em Portugal e falando com um médico amigo fui confirmado em que não só para certas forças políticas esta é uma ante-câmara de discussão e introdução disfarçada da Eutanásia (como se conclui do útil mapa comparativo feito pela Comissão e que se encontra aqui) como aquilo que se visa prevenir (o encarniçamento terapêutico bem como outras situações limite de saúde) já encontram a sua resposta na ética e práticas médicas.
Mas, sobretudo, e como ele explicava o "Testamento Vital" (entre aspas porque para um jurista o emprego da palavra Testamento tem na nossa ordem júridica, um significado incompatível com o objecto da futura lei) é como "te perguntarem no fim de uma feijoada ao almoço, o que vais querer jantar"...isto é, na ocasião, a pessoa encontra-se incapaz de prever o futuro e a fome e desejo que terá (e quando) mais tarde. Analogicamente, em situação de boa saúde, dispor sobre o que queremos ou não quando esta nos faltas e/ou em condições limite que são aos milhares em possibilidade, é completamente imprevisivel e até, diria, arriscado (posso dispor que não quero isto ou aquilo e na altura perante a aflição e eventualmente até sem me poder expressar a única coisa que eu pretenda seja sair com vida sem me importar com o caminho até lá). Como ele me explicava: "podes agora dizer que não queres ser ligado a um ventilador, mas mais tarde, estendido no meio da estrada, em perigo de vida, e sendo esse o único meio de safar-te, só me agradecerás se eu não levar em consideração esse teu desejo então expresso"...
Mas, enfim, as coisas são o que são e os projectos de lei estão aí e o processo recebendo como sempre a participação e protecção dos "moderados de serviço" (inclusive com a pretensão boazinha do "assim eles não poderão fazer passar a Eutanásia...). Assim sendo esperemos a Assembleia da República decida pelo melhor...
Nota: há uma confusão nos projectos do centro-direita que merece reflexão: sendo verdade que a hidratação e a alimentação em casos limite podem significar uma agressão (em linguagem não médica: estômago e intestinos tão desfeitos que já não processam nada e provocam mais mal-estar) estes não são "tratamentos" mas cuidados de suporte de vida (a par da higiene pessoal), cuja admissibilidade de se dispôr sobre eles, significa em termos práticos o acesso por decisão individual à Eutanásia...veja-se nesta questão este importante documento retirado do site do Vaticano e recorde-se a história da Eluana...

terça-feira, maio 08, 2012

Fetos no Útero materno: a genialidade de Leonardo da Vinci


Impressionante a genialidade de Leonardo da Vinci (1452-1519)! Em todos os aspectos e neste também da visão que teve do desenvolvimento do Feto no útero materno...!
Ou seja, já nos séculos XV ou XVI se adivinhava que no interior da grávida era uma "coisa humana" (para citar Lídia Jorge num célebre Prós e Contras ;-) que ali estava.
Em Portugal todos os anos, desde 2008, são cerca de 20 mil os que não chegam a este estádio de desenvolvimento, infelizmente...! Que diria Leonardo se o soubesse...?

segunda-feira, maio 07, 2012

Sarkozy: é uma pena...

Por muito pouca margem Hollande ganhou a Sarkozy...leio no Público que apenas metade dos eleitores de Marine Le Pen votaram nele de onde se conclui que uma natural teimosia política (a vontade de afirmação de um espaço próprio na perspectiva das legislativas somado a um não querer perder a face) vai ter este custo elevado: vão apanhar com um presidente socialista e ver o que é bom...

Assinalo-o porque o fenómeno (votar por "questões de princípio" ou preconceitos humanos) não ocorre só em França nem com eleitorados de extrema-direita. Também em Portugal os puristas de serviço costumam ficar todos contentes com o facto de terem deixado bem vincada a sua posição e dessa forma, muitas vezes, desarmam iniciativas mais abrangentes que não deixariam o resultado final ser tão fraquinho ou embaraçoso...sucede na extrema-esquerda portuguesa com muita frequência e às vezes nas movimentações civicas da Vida e Família com algumas das suas franjas marginais. Sucede aliás em todos os campos e momentos políticos.

Quer isto dizer que não se deva às vezes vincar posições (vide o que aconteceu com o eleitorado do Não ao aborto na última eleição presidencial em relação a Cavaco [250 mil eleitores não alinharam com ele])? Não. Nesse caso, por exemplo era mesmo preciso dar uma lição aos barões do centro-direita e demonstrar que as decisões políticas (no caso a falta de reacção à agenda fracturante dos socialistas) podem ter consequências. Ou seja, havia um ganho político concreto. Ora, no caso acima, não houve ganho político nenhum já que a mesma afirmação de força (independentemente do que se pense de quem dela beneficia, no caso o Front National) poderá ter expressão plena nas legislativas e já se sabe (e ainda bem) que o centro-direita não quer nem pode dar mais a quem se revê em Le Pen...

Claro que como sempre acontece na vida, com mais ou menos feridas, a França há-de sobreviver a Hollande, como já sobreviveu a Miterrand, e nada na política é definitivo ou "mortal"...;-)

domingo, maio 06, 2012

Blog Jugular: se não falarmos no assunto pode ser que ninguém note...



É engraçado ver como no Jugular a melhor reacção ás más notícias (que a aplicação da Lei do Aborto é um desastre e que ao contrário dos objectivos utópicos do Sim o aborto em Portugal não é nem raro, nem legal, nem seguro) é a destes macacos.

Não ouvimos nada, não vimos nada, não dizemos nada...pode ser que assim a coisa passe desapercebida...estão muito enganados...! De facto já não há coragem política como havia dantes...:-(

Mulheres que não querem filhos...um dó...!



No Público de hoje, em tom laudatório, aborda-se a questão das mulheres que não querem ter filhos. O estilo é de "mais um tabu que se deita abaixo"...no fim da leitura fica só um grande dó...

Claro que tem estas mulheres todo o direito de não ter filhos (até pelo seu programa de vida e o que transmitiriam aos filhos, o melhor mesmo é que não os tenham...;-) e desde que não usem o aborto para o efeito, pouco me importa. Mas confesso impressiona-me muito não apenas o deitarem fora toda a potencialidade inscrita na própria humanidade e também, no fundo, não acreditarem seja possível um contexto amoroso durável que torna essa aventura possível, como também o sózinhas como uns cães que muito previsivelmente irão estar no fim das suas vidas...um dó!

Digo-o porque conforme os meus pais vão envelhecendo (e somos apenas dois irmãos) e nos seus 80's os "problemas" se vão multiplicando vou-em progressivamente dando conta como é uma graça que eles se deram a de ter filhos, que agora podemos (não fazendo mais do que a nossa obrigação em gratidão e retribuição do amor que nos deram ao longo da vida) ajudá-los e cuidá-los. E que triste, pouco prático e mesmo infeliz seria o quadro se esta dimensão familiar (que envolve também os nossos filhos) não existisse...

É que essas mulheres, muitas delas estupendas e não cito quais da reportagem não vá a minha mulher ler este post...;-) para já parecem não precisar de nada. Mas isso não vai durar sempre e por muitas plásticas que façam um dia o cabelo embraquece mesmo, as articulações já não dão para tanta fogosidade e mesmo o poder e dominio profissionais passam porque outras melhores e mais interessantes as substituirão. A não ser tenham a sorte de se cruzar com outro solitário disposto a juntar os trapinhos, que "sistema de suporte de vida" terão? Bom, sejamos optimistas, talvez o das nossas famílias grandes sempre abertas a mais um abraço e onde aquela "tia" original acaba por compor o ramalhete...lol!

sábado, maio 05, 2012

Dia da Mãe

Amanhã é Dia da Mãe. Já se sabe que o grande modelo de mãe (e mulher) é Nossa Senhora. Como para nós, homens, é São José. Sendo bom lembrá-lo, também é bom dar-nos conta com gratidão dos nossos pais e amanhã, em especial, da nossa mãe. E, já agora, para os casados, pais de filhos (quatro no meu caso), não fica mal estender o cumprimento à mãe deles...;-)

A esse propósito a TSF colocou no site esta galeria de fotografias que está muito feliz e vale a pena ver.

Mais exemplos de Subsidiariedade também na Educação



No Público de hoje há uma interessante reportagem de duas páginas sob o título "O voluntariado chegou às explicações do 1º ciclo ao ensino secundário". Na introdução do artigo lê-se: "Exemplos espalham-se pelo país: pais, jovens licenciados, desempregados e professores disponibilizam tempo para ajudar nos trabalhos da escola".

Isto é, em vez de se andar a reclamar do Estado mais professores ou grandes reformas educativas ou que a Câmara isto ou aquilo, as realidades locais (nos exemplos: uma Paróquia, uma Associação de Pais, um Colégio Católico) dão elas próprias a resposta a uma necessidade que sentiram: apoiar alunos nos trabalhos das escolas. E mais uma coisa boa acontece sem necessidade para nada do Ministério da Educação e, se calhar, qualquer dia contra o mesmo...? ;-)

Nota: o voluntariado das explicações é uma marca característica da caritativa católica portuguesa, seja dentro de portas, seja no âmbito das Missões. Mas o texto acima sublinha o ponto mais importante que, dadas as características do nosso país, ainda recentemente confirmadas por estudo da Católica, em alguns casos, equivale à presença da Igreja Católica. Mas os temas continuam distintos (subsidariedade e caritativa católica) mesmo se de facto aquele é um dos princípios da Doutrina Social da Igreja.

sexta-feira, maio 04, 2012

Sarkozy: um combatente


De acordo com o Público de hoje: "Uma sondagem do Instituto LH2 revela que Hollande foi considerado o mais convicente, sério e simpático dos dois e Sarkozy o mais dinâmico, credível e competente e com maior estatura de Presidente da República". Ou seja, lá como cá durante seis anos, a Miss Simpatia é sempre o candidato socialista mas no que toca a fiabilidade é preciso votar no candidato do centro-direita...

Estou muito curioso por ver o que se vai passar no Domingo e se, no fim, Sarkozy consegue a empresa dificil (mas tão necessária) de dar a volta ao resultado (das sondagens). O que não é impossível porque suspeito que feita a declaração de princípios de Marine Le Pen (que declarou ir votar branco) o seu eleitorado acabará por votar em Sarkozy e o disparate de François Bayrou (sempre me impressionaram aqueles que nos momentos decisivos não sabem distinguir entre o seu campo e o dos outros) não trará mais votos do que ele próprio ao candidato socialista. Mas isso pode ser também um wishfull thinking...

De qualquer das formas ficará sempre a constatação: Nicolas Sarkozy é um combatente e com este muito teriam a aprender tantos dos nossos líderes do centro-direita...

quinta-feira, maio 03, 2012

O Estado-Mamã: excelente artigo no i de Paulo Maló

Excelente este artigo. Fundamental defender a nossa liberdade em todas as frentes e planos! Porque "a liberdade, Sancho, é o maior dom que os Deuses deram aos homens" (D. Quixote)...!

O Estado-Mamã

Por Paulo Malo, publicado em 20 Abr 2012 - 03:00 |  Jornal i
Já várias vezes escrevi sobre a pretensão do Estado de ser pai ou mãe dos cidadãos. Não só o Estado não tem essa capacidade como moralmente não pode ser exemplo. O Estado deve limitar-se a ser uma rede de salvação para quem entra em dificuldades, fruto das acrobacias da vida. Deve cobrar o mínimo de impostos para assegurar esta tarefa e outras, poucas, que eventualmente devam ser por si controladas.

Números do Aborto: sempre a subir...


(site de desenvolvimento fetal)

O Diário de Notícias publica hoje uma noticia sobre os numeros do aborto (2011 e 2010 corrigido) ontem divulgados pela Direcção Geral de Saúde. Infelizmente confirma-se tudo o que dissemos durante as campanhas do Não e vimos dizendo desde então. O aborto em Portugal não é raro (todos os anos aumenta), é inseguro (já há mortes na sequência de abortos legais) e continua ilegal (o aborto clandestino, medido pelos episódios hospitalares, abortos mal feitos que lá terminam, andará pela metade do que era antes da nova lei). Isto é, o resultado do segundo referendo foi um logro e a despenalização (as mulheres não irem para a cadeia na sequência de um aborto ilegal) transformou-se numa liberalização (feito à balda e à barda, veja-se que pelo menos um quarto dos abortos são repetidos, entre uma a, em dois casos, dez vezes...!) promovida pelo Estado (não paga taxa moderadora, tem prioridade sobre qualquer outro serviço do sistema nacional de saúde, dá direito a férias pagas durante um mês...!).
Duas últimas notas:
1. Sempre quero ver se perante os números revistos de 2010 (afinal os abortos a pedido foram 19.560 e não 18.911) que mostram que, ao contrário do então dito, houve mais abortos do que em 2009, a Fernanda Câncio e "tutti quanti", tem agora a coragem de reconhecer que se enganaram (o que se poderia ter evitado se nos tivessem ouvido, já que podemos ser uns "matarruanos", mas disto percebemos bem e já sabíamos que desde 2007, as revisões dos números são sempre "em alta"...)...mas isso talvez seja esperar mais do que podem-querem-sabem dar...
2. Hoje em dia em Portugal uma em cada seis gravidezes termina em aborto. Isto não preocupa o Governo? O Ministro da Saúde vai continuar a olhar para os custos do aborto e dizer apenas que "os portugueses no último referendo quiseram o aborto legal"...!!??

Aborto: sem comentários...


dn

Mais consultas para abortar que para ter filhos

 
A responsável pela Espírito Santo Saúde, entidade que gere o Hospital de Loures, disse hoje que, em março, houve mais pessoas naquela unidade para realizarem abortos do que a marcarem consultas para...
"Tivemos mais consultas de interrupção voluntária da gravidez do que de obstetrícia [para terem filhos]. E algumas das pessoas a repetirem segunda e terceira vez", sublinhou Isabel Vaz, em Fátima, durante a sua intervenção no XXIV Encontro Nacional da Pastoral Social.
À Agência Lusa, Isabel Vaz notou que estes são os primeiros números desde que iniciaram a gestão em fevereiro e dizem respeito a março.
"Isto não tem nada a ver com ser ou não católico", destacou a responsável daquela entidade do Grupo Espírito Santo, lembrando que "a cobertura universal dos cuidados de saúde não é possível".
Isabel Vaz sustentou que uma das "discussões sérias que tem que ser feita" é "sobre o que deve ser de facto pago por todos nós", porque "não há dinheiro para pagar tudo". Ou seja, "há que fazer escolhas", defendeu.
A responsável explicou que "não vale a pena fazer declarações de amor ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)". O que é imperioso, sustentou, é "gerir melhor".
A presidente da comissão executiva da Espírito Santo Saúde salienta que "o ministro [da Saúde] Paulo de Macedo tem carradas de razão quando fala do combate ao desperdício".
A responsável da Espírito Santo Saúde afirmou que as despesas com a saúde em Portugal "vão continuar a crescer" e que isso coloca em causa a sustentabilidade do SNS.
Isabel Vaz defendeu que é preciso acabar com o mito dos malefícios das Parcerias Público-Privadas e destacou que "as pessoas em necessidade não diabolizam o setor público ou privado", sustentando que, em Portugal, "não existem doenças rentáveis, mas uma péssima definição de preços".
Por outro lado, disse ainda, é preciso desfazer outros mitos como os da exigência da exclusividade médica, "de que os velhotes é que dão cabo disto [SNS] tudo", e, ao mesmo tempo, perceber que é essencial investir na tecnologia e na prevenção das doenças crónicas.
A intervenção da presidente da comissão executiva da Espírito Santo Saúde foi realizada na sessão da tarde no primeiro dia dos trabalhos do XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que decorre em Fátima até ao próximo sábado.
A iniciativa, promovida pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde da Igreja Católica Portuguesa, está subordinada ao tema "Cuidados de Saúde, Lugares de Esperança (A Saúde em Portugal)".
Lusa

publicado a 2012-05-02 às 19:40

Para mais detalhes consulte:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2453313
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quarta-feira, maio 02, 2012

Os descontos do Pingo Doce: um mistério...?

Para mim, nesta matéria dos descontos do Pingo Doce, há um mistério que não tenho visto abordado nos artigos sobre o assunto: com descontos de 50% acho impossivel eles não percam dinheiro (e muito!)...mas ao mesmo tempo seguindo aquela máxima (falsa, basta pensar em toda a acção caritativa) "ninguém dá nada a ninguém" não acredito a Jerónimo Martins monte uma operação que signifique uma perda, sobretudo na actual conjuntura...

A minha mulher (filha de farmacêutica reformada, antiga proprietária de uma Farmácia) explica-me que o segredo está nas quantidades...isto é, os fornecedores não só oferecem descontos extraordinários em grandes encomendas, como, para despachar stocks e produtos a desclassificar, ou quase fora de prazo, oferecem pelo preço de 100 unidades, mais 200 ou 300, em que não cobram o valor respectivo...? E aqui foi o Pingo Doce buscar a margem que perde nos descontos...?

Será assim? Alguém me sabe explicar como se monta uma operação destas? É que se a publicidade é de facto esmagadora e no dia de ontem o Continente e outros, não devem ter tido senão uma meia dúzia de clientes, isso não explica tudo...

Amigos Improváveis: realismo e humanidade

Ontem fui jantar fora e ao cinema com a minha mulher. Fomos ver o "Amigos Improváveis". Muito bom e com o interesse acrescido de ser baseado numa história real. Muito bom porque não só de uma grande humanidade e com uma bonita (e improvável) história de amizade, mas também pelo retrato que é dos bons resultados do realismo e de aceitar viver na realidade em vez de nos nossos sonhos (o que, ao contrário do que a mentalidade dominante prega, é mil vezes mais aventuroso, interessante e fonte de consolação, do que lutar contra a mesma e tentar viver no que não existe). Recomendo vivamente!

Para abrir o apetite, fica aqui o Trailer: