segunda-feira, junho 11, 2012

Aborto, taxas moderadoras e PSD

Como não podia deixar de ser, subscrevo a posição de Isilda Pegado (ver aqui) de que o aborto, como acontece em outros países, deve ser integralmente pago por quem o pede e que o financiamento público, parcial ou integral, do mesmo, não é um resultado forçoso do referendo de 2007 (o Sim que venceu foi o da despenalização e ninguém nos disse que seria realizado à custa do SNS).
Nos entretantos a imposição de taxa moderadora parece-me que é o mínimo que se pede por uma questão de justiça e igualdade (tendo-se o cuidado de deixar bem assente que o aborto NÂO é um acto médico, já que a gravidez não é uma doença...a distinção parece bizantina mas vejam com o o Duarte Vilar da APF cavalgou logo a proposta do CDS-PP...) e tudo o que possa dificultar a prática do aborto é de saudar e apoiar (sempre pode haver um bébé ou outro que assim escape a essa morte cruenta e sangrenta...).
Já a proposta do PSD de só a impôr nas repetições de aborto só não é um delírio incompreensível porque pela razão acima, sempre é melhor do que nada e cobre 25% dos abortos (uma vida salva e já se está a ganhar)...
Nesa medida quase subscrevo este post do Jugular...;-)
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Lutei como pude pela despenalização da IVG, que assumo como uma das causas da minha vida, e parece-me obrigatório continuar o esforço pedagógico de sensibilização para o uso de uma correcta contracepção. Dito isto, numa altura em que as taxas moderadoras e os gastos com a saúde estão a ser obrigatoriamente revistos não tenho argumentos para defender a manutenção da total isenção das taxas moderadoras na IVG. Usá-las como meio punitivo moralista como o PSD propõe é que me parece completamente inaceitável, neste particular estou com o CDS."

Realmente é tão verdade...quando há um radical que diz que 2+2=4 e outro que diz que 2+2=9, há sempre no PSD um moderado de serviço que proclama perante o aplauso geral que 2+2=6,5...Deus lhes perdoe que não sabem o que fazem (na melhor das hipóteses...)...

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