quinta-feira, setembro 04, 2008

Mais da Convenção Republicana...!

Estou fascinado com a Convenção Republicana...! :-)
Algumas "pérolas" do discurso do Mike Huckabee (vão ver, não percam!):
"Não fui para Republicano porque era rico, mas porque não queria ser pobre o resto da vida à espera que o Governo me viesse salvar"
"Como dizia um dos fundadores do nosso partido: um Governo que pode fazer tudo por nós é também um Governo que pode tirar tudo de nós"
A palavra "liberdade" surgiu vezes sem conta.
"Os nossos valores são a liberdade, a segurança e a oportunidade de prosperar"
De seguida contou uma história impressionante de uma professora que no inicio do ano retirou as mesas e cadeiras da sala de aulas e disse aos alunos que só as teriam quando lhe dissessem o que fazer para as ganhar...a história estende-se por meses e tem um final surpreendente e comovente. Lindo!
Não percam também o Rudi Giuliani a fazer as despesas do ataque ao Obama: demolidor! É impressionante constatar que o homem nunca dirigiu uma empresa, um serviço, uma região, uma unidade militar, um clube, nada...!!! Mas disto não fala a esquerda europeia ou a direita estúpida que nos foi dada...

Eleições USA: somos todos republicanos!

A conselho de uma deputada boa amiga e companheira de batalhas acabo de ver no site da Convenção Republicana o vídeo da intervenção (44 minutos) da Sarah Palin (candidata a Vice-Presidente) e ainda outras intervenções (nomeadamente do Mitt Romney e do Mike Huckabee). Extraordinário!
Percebe-se o que faz a força da América e dos republicanos (cujo carácter, eficácia e capacidades se me tornaram evidentes quando em Janeiro de 2006 lá estive num curso de formação política de um dos think tanks dos neo-conservadores).
Revejo com gosto os cinco pontos fundamentais da nossa gente republicana: direito à Vida e ao porte de armas, economia livre de mercado e governo reduzido, defesa nacional forte. Tudo dito em "straight talk" (sem rodeios de politicamente correcto) e deliciosamente destinado a provocar convulsões cardíacas a toda a esquerda europeia e a todos os seus cronistas de serviço (assim só de memória lembro-me logo da Fernanda Câncio e do Rui Tavares...:-)
Depois da vitória de Bush há 4 anos (apesar da guerra do Iraque onde como não podia deixar de ser não posso estar senão com João Paulo II) e da derrota do Tratado Europeu na Irlanda, não consigo imaginar nada que me desse tanto prazer quanto uma vitória do McCain...!
Bem dar-me-á igual prazer reverter o resultado do referendo de 2007 sobre o aborto mas isso não se trata de uma eventualidade mas apenas de trabalhar para que no momento certo a mesma ocorra...como na anedota: "deixa-os poisar"... ;-)

quarta-feira, setembro 03, 2008

O centro da oposição ao PS somos nós! :-)

Na entrada de férias, 2 de Agosto, a minha amiga Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, publicou o artigo abaixo que além de fechar com chave de ouro um ano de combates, acaba por provar factualmente como a oposição ao Governo e ao PS tem o seu centro nevrálgico nos movimentos civis a favor da Vida e da Família, porque é aí, nas questões de civilização, que mais lhes dói encontrar resistência e alternativa...

Leis emblemáticas na governação socialista

As reformas emblemáticas que José Sócrates escolheu para definir a sua governação estão longe de ser consensuais
O primeiro-ministro elegeu como "reformas" emblemáticas do seu consulado a lei da PMA (reprodução artificial e uso de embriões humanos), a lei do aborto e a lei do divórcio. Disse-o perante o Congresso da Juventude Socialista [que teve lugar no fim de Julho no Porto]. A simbologia destas leis, que o primeiro-ministro quis realçar, não se compara com as centenas de outras que a governação socialista tem feito nas áreas da economia, da justiça, do ambiente, etc. Por isso o primeiro-ministro tem razão quando as elege para definir a sua governação...Mas estas não são leis de consenso. Pelo contrário, trazem à ribalta os debates mais acesos da actualidade em todo o mundo. A protecção da vida humana desde a concepção, o eugenismo, o comércio e experimentação em embriões, o aborto e a protecção do casamento e da família estão na ordem-do-dia. Em Itália, a campanha eleitoral que levou ao poder Berlusconi começou com o tema do aborto; em Espanha, o PP de Rajoy proibiu que a campanha versasse sobre a família e a protecção da vida humana; e, nos EUA, o debate sobre estas matérias está agora a levantar-se entre os candidatos à Presidência.Em Portugal, as referidas leis (PMA, aborto, divórcio) não passaram sem contestação social. Face à matriz social do país e à radicalidade das soluções legislativas, muitos foram os que, na sociedade civil, as têm contestado. São leis fracturantes, que o actual primeiro-ministro pretende levar pela frente "custe o que custar". Seguir-se-á o casamento para os homossexuais... e a eutanásia...Quem ousou, nestes três anos, de forma sistemática e firme, levantar o escudo para que aquelas leis não fossem aprovadas?Quem, na lei da PMA, teve uma posição firme e sustentada que levou ao Parlamento a primeira Petição de Referendo, de iniciativa popular, na história da democracia portuguesa? Quem, por todo o país, fez debates, acções de rua e distribuiu informação para que esta não tivesse sido aprovada no silêncio do Parlamento? Quem continua a invocar a ilegitimidade de uma lei (PMA) que no Tribunal Constitucional aguarda a declaração de inconstitucionalidade?Quem, ao longo de mais de dez anos, travou a legalização do aborto, em cada investida feita? Quem, no referendo, apelou à organização dos 15 grupos cívicos que, por todo o país, fizeram uma campanha que remou contra todos os poderes instituídos? Quem pediu a universitários, advogados e magistrados que, num curtíssimo espaço de tempo, fizessem algum esclarecimento sobre a lei do divórcio? Quem levou ao Parlamento uma Petição Popular para fazer parar a tão injusta lei do divórcio? A lei ainda não está promulgada...Em bonitas e fundamentadas páginas de História do século XIX, Vasco Pulido Valente (em Ir para o Maneta) demonstra como foram vencidas as Invasões Francesas. Só com a revolta popular, que se organizou em muitos pontos do país, foi possível vencer o invasor e a destruição. Hoje, os movimentos cívicos, de forma sistemática, têm levantado os escudos para travar o avanço das "leis emblemáticas do consulado socialista".Os movimentos cívicos que, em Portugal, defendem a subsidiariedade, a liberdade de educação, a família, a vida e a liberdade religiosa estão a fazer uma estrada.Foi neles que o PS encontrou a sua oposição. É com eles que Portugal pode contar para uma sociedade mais humana, livre e democrática.
Presidente da Federação Portuguesa pela Vida